30 de setembro de 2010
Greve dos bancários já atinge o Amapá
22 de setembro de 2010
Desafio inédito expõe Macapá para o mundo
O fenômeno do equinócio do dia 23 de setembro será cenário para inusitada competição de vôlei de praia entre hemisférios norte e sul. Isso mesmo, diferencial por montar uma arena de praia longe do litoral e confrontar jogadores em hemisférios diferentes; a rede de vôlei será estendida exatamente onde passa linha do Equador. Trata-se do Red Bull Latitude Zero, mais um projeto do grupo austríaco que procura realizar sempre desafios inéditos.
“O grupo escolheu Macapá principalmente pela localização geográfica e as condições climáticas, eles também já demostraram interesse no futilama”, comentou o coordenador de comunicação da Prefeitura Municipal de Macapá (PMM). Cleber Barbosa. Para a realização do evento a PMM entrou como parceira, e disponibilizará meios para facilitar o acesso do público ao local, o que inclui estender linhas de ônibus para o transporte até o Monumento do Marco Zero.
A estrutura começou a ser montada há uma semana. Para a quadra foram utilizadas o equivalente a oito carretas cheias de areia, que veio de Porto da Pedra. As arquibancadas são suficientes para acomodar aproximadamente mil pessoas. “Tudo tem que estar pronto neste domingo, pois na segunda-feira (20) o Corpo de Bombeiros fará vistoria, Batalhão de Trânsito, EMTU e Detran estão envolvidos para facilitar o acesso ao local da arena”, informou o assessor da PMM.
Na sexta-feira, 17, foi realizada a última reunião de organização do Red Bull Latitude Zero, com representantes de órgão de segurança, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.
Categoria que é tradição no Brasil desde 1930, o vôlei de praia se tornou modalidade dos Jogos Olímpicos desde 1996. Atualmente são mais de dois mil atletas registrados em federações estaduais em todo o país. O Brasil é o país mais respeitado no vôlei de praia internacional, e possui o campeonato nacional mais forte do mundo.
“O projeto está sendo lançado aqui, mas já há interesse do grupo de realizar esse tipo de competição nos demais locais do mundo que são cortados pela linha do equador”, contou Cleber Barbosa. Macapá é uma das oito cidades do mundo onde se tem o privilégio de assistir ao fenômeno natural do Equinócio, evento no qual os raios de sol refletem diretamente na linha do equador.
O formato do Red Bull Latitude Zero é o de uma “batalha de hemisférios” e cada time será formado por uma dupla masculina e uma feminina. Representando o Hemisfério Norte, estarão os alemães Brink e Reckermann e as irmãs austríacas Doris e Stefanie Schwaiger. Já a equipe do hemisfério sul com reforço 100% brasileiro, representada por Alison e Emanuel, e pelas irmãs Maria Clara e Carol.
“Cada equipe terá ainda capitães, o do hemisfério norte será Sinji Smith, já o hemisfério sul será comandado pelo craque nacional Emanoel. O evento terá cobertura da mídia nacional e está sendo bem divulgado em todo o mundo, serão geradas imagens para 160 países”, informou o coordenador de comunicação da PMM.
Macapá será vista por todo mundo, o que fomentará o turismo local. Os próprios atletas terão oportunidade de conhecer os principais pontos turísticos da capital amapaense, e os hotéis receberão jornalistas de vários lugares que farão cobertura do evento, como o global Luiz Ernesto Lacombe.
Será uma prova de resistência entre os melhores atletas de vôlei de praia do mundo, além do ritmo frenético do jogo, os atletas ainda terão que lidar com o calor típico do clima equatorial. O jogo começará às 9h30 e terá 1 hora e meia de duração. A partida terá entrada franca.
(publicado no Diário do Amapá de 19 de setembro de 2010)
(fotos durante apresentação das duplas, na quarta-feira, 22)
21 de setembro de 2010
Uma pena...Trapiche Eliezer Levy fechado por problemas elétricos
PMAP garante que não há facção dentro da instituição
Confira matéria sobre entrevista coletiva da Polícia Militar do Amapá sobre denúncia publicada no jornal O Estadão (de 17 de setembro) sob o título "Testemunhas sofrem ameaças de morte no caso da prisão do governador do AP".
15 de setembro de 2010
Desvendando o mundo autista
Espero que com essas poucas linhas possa transmitir para os outro pelo menos um pouco, do pouco que aprendi sobre está síndrome, e contibruir para que muitas crianças possam ter seu diagnóstico precone e iniciem o quanto antes seus tratamentos.
Infelizmente, em minha família, demoramos um pouco para conseguir esse diagnóstico, e agora nossa luta é ainda maior. Mas a felicidade de cada pequeno avanço é indescritível.
Dedico esse matéria ao meu pequeno irmão Kleber.
Em um mundo onde a cada 150 bebês que nascem um é portador da síndrome de autismo, ainda há muito que ser desvendado sobre o autismo, e precisa de muito mais atenção. No Amapá, os autistas e seus familiares podem contar com o apoio da Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Amapá (AMA-AP), que oferece tratamento necessário, dentro das suas possibilidades.
Não é possível definir um tipo de autismo, existem diversas formas que podem variar desde uma perturbação profunda até o autismo de elevado funcionamento. Como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classes sociais.
A incidência é maior no sexo masculino, na proporção de 4 meninos para 1 menina, e o autismo é possível de ser identificado e diagnosticado a partir de um ano de idade. “O por quê dessa maior incidência entre os meninos é outra questão que a medicina ainda não respondeu, assim como a causa da síndrome”, conta Frank Costa.
O termo autismo infantil foi usado pela primeira vez pelo psiquiatra norte-americano Leo Kanner em 1043, depois de observar um grupo de onze crianças internadas em um hospício. Estas crianças apresentavam extremo isolamento, não tinham habilidades para se relacionarem com outras pessoas e outras situações, apresentavam falha no uso da linguagem para comunicação e um desejo obsessivo ansioso para a manutenção da mesmice.
Desta forma, o autismo é definido como um transtorno do desenvolvimento, que se manifesta tipicamente antes dos três anos de idade. Estes transtornos comprometem todo o desenvolvimento psico-neurológico, afetando a comunicação (fala e entendimento) e o convívio social. “Entre as características, dizemos que há uma tríade mais frequente, que se refere à falta de comunicação, dificuldade de socialização e falta de demonstração de afetividade”, alerta o presidente da AMA-AP.
No Amapá ainda não há nenhum psiquiatra infantil, profissional responsável pelo diagnóstico do distúrbio, enquanto o número de crianças autistas no Estado é preocupante, só na Associação são mais de 120 crianças cadastradas. “Infelizmente não temos estrutura para atender todos os casos, pois não recebemos nenhum tipo de apoio”, lamenta Frank Costa.
Criada em 2007, a AMA-AP é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo proporcionar melhor qualidade de vida aos autistas, e proporcionar suporte profissional às crianças e aos pais, como também capacitar profissionais para que os mesmos possam trabalhar com segurança as crianças portadoras da síndrome do espectro autista. A equipe multidisciplinar da Associação é formada por aproximadamente dez voluntários, que trabalham em espaço cedido pela família de uma das crianças que fazem tratamento na Associação.
Para o tratamento, é recomendado acompanhamento de terapeutas ocupacionais, psicólogos, psiquiatras e fisioterapeutas, entre outros, e é importante associar com alguma atividade física, como por exemplo, natação. “Dizemos o autismo não é uma doença, portanto não se pode falar em cura. Trata-se de uma condição, que se iniciado o tratamento no início da infância é possível que se torne um adulto com maior qualidade de vida, mais próximo da ‘normalidade’”, afirma o presidente da AMA-AP, Frank Costa.
14 de setembro de 2010
Assembleia encaminha pedido de impeachment de governador para comissão especial
De acordo com Jorge Amanajás, o tema seria discutido em plenário, mas diante do pedido anunciou o encaminhamento e garantiu que o regimento interno da Assembleia Legislativa será seguido à risca, garantindo inclusive direito de defesa ao governador. “Caberá a ele provar ou não sua inocência”, afirmou o presidente.
O pedido de impeachment havia sido protocolado ainda ontem, e inclui o desejo de que o trâmite seja acelerado para que haja tempo suficiente para que o processo seja cumprido até o fim. “Como só temos três meses e meio, é impossível que se chegue até o fim do processo, mas vou fazer com que se dê o encaminhamento”, informou Jorge Amanajás, levando em consideração que processo de impeachment é longo e o mandato do governador encerra em dezembro.
A comissão especial vai fazer uma apuração inicial, e o caso voltará ao plenário para que se decida pela abertura ou não do processo de impeachment. No caso de abertura, o governador é afastado do cargo enquanto durar o processo. “A decisão será coletiva e se houver abertura do processo, será formada uma comissão mista”, garantiu Jorge Amanajás.
O julgamento final é feito por um tribunal especial formado por representantes da Assembleia e do Tribunal de Justiça do estado.
10 de setembro de 2010
Filme Tainá 3 é gravado no Amapá
Ilha de Santana é cenário para filme Tainá 3
A rotina dos moradores da Ilha de Santana mudou desde o dia 17, com o início da segunda e última fase das filmagens do longa-metragem Tainá 3 – A Origem. A equipe do filme grava no Amapá até dia 26, e é aqui que serão rodadas cenas fundamentais da história. A primeira etapa das filmagens ocorreu entre os meses de julho e meados de agosto nas localidades paraenses de Alter do Chão, localizada a 32 quilômetros de Santarém, no Pará.
“Filmar no Amapá está sendo ótimo, temos um filme que é 100% externa, então precisamos contar com a ajuda da natureza para não atrasar as gravações, não temos como controlar isso. A floresta aqui é muito bonita, tem verdes diferentes, as locações da oca do Tigê e da grande árvore são belíssimas, e é aqui no Amapá que a história começa e termina”, documenta a diretora do filme, Rosane Svartman, referenciada pelo trabalho realizado durante anos no programa Casseta e Planeta, da Rede Globo.
Na Ilha de Santana, além da equipe do filme, composta por 62 profissionais, foram contratadas mais 40 pessoas para trabalhar na etapa de produção e filmagem. Foi mão de obra local, por exemplo, que ajudou a equipe de arte a confeccionar o material necessário para construir as paredes da oca do vô Tigê. “O apoio que estamos recebendo para fazer as gravações aqui e a floresta são fundamentais para nosso trabalho, a população também nos acolheu muito bem e durante esse mês estamos gerando emprego”, conta o diretor de produção, Pingo.
O terceiro filme sobre a indiazinha Tainá conta sobre a origem da guerreira, que foi encontrada pelo vô Tigê, interpretado pelo ator Grancindo Júnior, aos pés da grande árvore. “Tainá 3 é um filme sobre a origem da Tainá, a busca de quem ela é filhe, de onde veio, e nessa trajetória vive aventuras que faz com que ela se torne a guerreira que o público viu em Tainá 1”, conta a diretora Rosane Svartman.
As aventuras são protagonizadas pela índia Tainá e a menina Laurinha, que juntas vão combater o contrabandista de madeira da região, Vítor, interpretado por Guilherme Berenguer. “Este é o meu primeiro vilão, as pessoas estão acostumadas a me ver como mocinho das histórias”, comenta o ator, que precisou ter um cuidado especial para montar o personagem, já que contracena com crianças e a produção é voltada para o público infantil.
Para o ator, o filme trouxe a oportunidade de fazer coisas diferentes. “Algumas cenas foram realmente difíceis, mas não por se tratar de um vilão, mas por precisar realizar coisas que nunca tinha feito antes”, afirma. A presença de Guilherme Berenguer na pequena e pacata Ilha de Santana mudou o cotidiano das pessoas, principalmente das fãs, que esperavam por qualquer oportunidade para pedir autógrafos ou fotografar, e esse carinho do público também marcou o ator. “Sem dúvidas trata-se de um projeto que já marcou muito a minha carreira, pois proporcionou eu conhecer e viver coisas emocionantes”, relata.
A saga da produção do filme começou para encontrar a nova atriz que viveria a indiazinha defensora da natureza. Após dois anos e meio de procura, produtores do escolheram a indía Wiranú Tembé, de cinco anos, que vive em uma aldeia da etnia tembé, nos arredores de Paragominas, no Pará. Como o português não é sua principal língua, Wiranú precisou de ajuda das colegas para se comunicar.
A atriz Eunice Bahia, que representou Tainá nas duas versões já lançadas do filme, chegou a comentar que a escolha foi acertada, pois quando olha para Wiranú se vê quando tinha seis anos. A pequena Wiranú é realmente perfeita para o papel da pequena guerreira, corajosa e esperta como Tainá. A índia corre pelo set, sobe em árvores, atua como quem brinca.
“Ela vai ser uma das maiores descobertas de atriz para cinema que eu já vi na minha vida, ela tem uma presença cênica, uma inteligência de atriz que é raro descobrir, a cada dia aprende mais”,
garante Gracindo Júnior, que pela primeira vez esteve no Amapá.
O renomado ator conta que se interessou muito em fazer o filme, pois o roteiro, apesar de dirigido para o publico infantil, é altamente ecológico, fala de uma possibilidade de vida em convivência com a natureza, “não essa coisa alucinada
de lutar por dinheiro e poder, que é possível uma vida melhor, e que os indígenas provam a cada dia como é viável ter essa relação”.
Outra atriz mirim que tem destaque em Tainá 3 é Beatriz Santos Noskoski, que interpreta Laurinha, menina da cidade que contará com a ajuda de Tainá para salvar o avô das mãos de Vítor (Guilherme Berenguer). Beatriz também passou por seletivas, concorrendo com mais de três mil candidatas.
O filme é uma produção da Sincrocine Produções Cinematográficas e deve chegar às telas em janeiro do ano que vem.
Produção de Tainá 3 resgata cultura amapaense
Enquanto estiveram em gravação no estado do Pará, a produção do filme Tainá 3 lançou em seu site (www.taina3.com.br) uma campanha pelo reflorestamento da Amazônia. A ação consistia em cada internauta que acessasse plantaria uma árvore virtual, que posteriormente se tornaram árvores reais, plantadas no Pará, em parceria com o horto de Santarém.
Com o início dos trabalhos da Ilha de Santana, a equipe do filme desenvolveu ações de diferentes aspectos em benefício da comunidade. Alguns já estavam previstos, outros surpreenderam a todos quando começaram a ser desenvolvidos. A diretora de arte Emily Pirmez foi a primeira a chegar ao Amapá, com a missão de preparar o cenário da Oca do vô Tigê.
“A casa de um índio idoso precisa ser cheia de detalhes, queríamos um conceito que mostrasse toda a cultura indígena. Precisava de alguém que tecesse para construir a casa, e por indicação cheguei à Dona Ginoca, a única moradora da ilha que sabia fazer o trançado que eu precisava para forrar as paredes”, contou Emily Pirmez
A diretora de arte tinha apenas uma semana para ter a oca pronta, mas Dona Ginoca trabalhando sozinha não daria conta. Além do trançado, eram necessárias pessoas que colhessem na mata o buriti. A primeira mobilização contou com a participação de filhos e netos de Dona Ginoca, mas ainda não era suficiente.
“Eu tinha pressa, e contei com a ajuda de Dona Ginoca, mas sugeri que ela ensinasse outras pessoas como fazer o trançado, e ela foi coordenando naturalmente isso tudo, no final eu tinha trinta pessoas só trabalhando no trançado”, disse Emily Pirmez.
A participação dar juventude foi o que mais surpreendeu a produção, e o que era um trabalho familiar se transformou numa universidade, houve uma integração entre os mais velhos e os mais jovens, que aprenderam a trançar e passaram a se orgulhar, ficaram ávidos por aprender.
“Esse pessoal é muito carente de uma atividade cultural na Ilha, é um mundo muito receptivo, só precisam de alguém para coordená-los, estruturá-los, e o que fizeram pelo filme podem fazer por eles mesmos, para resgatar essa cultura e comercializar o material produzido”, comentou a diretora de arte, que acredita também que esse trabalho foi capaz de levantar a auto-estima da comunidade, e espera que após concluídas as gravações, alguém dê continuidade às atividades que foram iniciadas.
A produção também trabalhou para melhorar o acesso à Ilha de Santana, cobrindo buracos nas estradas para que carros pudessem entrar. O local também foi sinalizado, com placas que indicam os caminhos. Uma escola que estava abandonada foi reformada para que a equipe pudesse usufruir da estrutura, trocando iluminação e revitalizando salas e banheiros.
Para Emily Pirmez, os trabalhos dentro da Ilha devem continuar. “Trouxemos beneficiamentos, mas tem muito mais a ser feito. O que fizemos vai ficar, mas desejo que seja bem aproveitado, e os cenários, por exemplo, atraia o turismo para o local”.
9 de setembro de 2010
Reativado
Agora com um papel um pouco diferente, utilizarei este espaço para publicar não só minhas impressões sobre o meio do mundo, mas também para divulgar algumas matérias minhas publicadas no jornal Diário do Amapá.
Sugestão de meus amigos distantes, mas não menos amados ou importantes, que desejam acompanhar um pouco da minha vida profissional.
Lógico que terá gatekeeper! Não dá para postar tudo.
Espero que não seja apenas fogo de palha.
Fred, Déia, Poli e Tarci, este espaço é dedicado à vocês, meus colegas de profissão e amigos essenciais. Meus incentivadores.